A má qualidade do sono é um problema crescente em todo o mundo. Nas últimas 3 décadas alguns problemas de sono, como ronco e insônia aumentaram no Brasil. A insônia, o distúrbio do sono mais comum, é caracterizada pela queixa subjetiva de dificuldade em adormecer ou manter o sono e despertar precoce, levando a sono não reparador, fadiga e dificuldade de concentração.

A insônia está correlacionada com uma diminuição da qualidade de vida e um impacto negativo na saúde física e mental (incluindo o aumento de doenças psiquiátricas) e é um fator de risco para depressão. Os distúrbios do sono, dentre os quais a insônia é o mais comum, têm impacto significativo na saúde pública e podem estar relacionados a níveis mais baixos de atividade física.

No entanto, não há evidências que liguem a inatividade física ou o tempo prolongado sentado à insônia em homens mais velhos.

Neste estudo, foram avaliadas as associações entre inatividade física e tempo sentado com insônia em idosos do sexo masculino participantes do Estudo Epidemiológico do Sono de São Paulo (EPISONO).

Investigamos uma subamostra de homens mais velhos do estudo EPISONO que preencheram uma série de questionários avaliando a autopercepção da qualidade do sono e potenciais fatores associados.

O tempo sentado não foi associado a pior sono em homens mais velhos. No entanto, inatividade física e sintomas de depressão foram positivamente correlacionados com a autopercepção da qualidade do sono. Os resultados revelaram uma associação entre inatividade e má qualidade do sono.

É necessário aprimorar as políticas públicas para informar os idosos sobre a importância da atividade física para a melhoria do sono e da saúde em geral, incluindo a redução da mortalidade. A atividade física pode ser alterada mais facilmente do que outros fatores socioeconômicos que impactam na saúde, assim é possível realizar intervenções efetivas.

Leia o artigo completo