A Saúde da Mulher é pouco abordada nos cursos de educação física?
A vida de uma mulher possui diversas fases que devem ser respeitadas para que haja uma prescrição de exercícios mais assertiva. Sendo assim, o profissional de educação física deve ter conhecimento da fisiologia feminina para aplicar exercícios para o público feminino.
O objetivo deste estudo foi avaliar se foram abordados, durante a formação de profissionais de educação física, os conteúdos relacionados à mulher.
Métodos:
- Trata-se de um estudo descritivo.
- Participaram deste estudo 178 profissionais de educação física, sendo
- 135 mulheres e
- 44 homens de
- 17 estados brasileiros,
- formados entre os anos de 1980 e 2021 e que responderam a um questionário on-line elaborado especialmente para este estudo com coeficiente alfa de Cronbach de 0,93.
Resultados:
Das pessoas que responderam ao questionário,
- 88,7% completaram o curso de educação física, sendo
- 83,1% em escolas privadas e
- 16,9% em escolas públicas.
- Os conteúdos analisados foram ciclo menstrual, síndrome pré-menstrual, tríade da mulher atleta, fertilidade, gestação, pós-parto, menopausa, envelhecimento feminino e incontinência urinária.
Em relação aos descritores da percepção de aprendizado durante a graduação sobre todos esses itens, os maiores percentuais encontrados foram
- Nada ou Muito pouco.
Os profissionais acreditam (92,7%) que conteúdos sobre a fisiologia feminina aplicada ao treinamento são muito importantes para uma formação mais completa.
Conclusão: Os conteúdos relacionados à mulher e exercício físico são pouco abordados na graduação em
educação física.
Citação: Valeria Cristina Santos de Almeida et al. Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 6, n. 2, p.7122-7135, mar./apr., 2023.
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Timóteo Araújo
Profissional de Educação Física, com experiência de 25 anos na área da Atividade Física, Vida Ativa e Longevidade,