Associação entre espiritualidade, religiosidade e atividade física na saúde física e mental: revisão sistemática

Estudos sobre espiritualidade, religiosidade e saúde tem crescido na literatura científica, revelando que maiores níveis de envolvimento espiritual e religioso estão associados positivamente com indicadores que contribuem para a saúde física e mental.

 

A espiritualidade e a religiosidade também influenciam a saúde do indivíduo. A espiritualidade e a religiosidade embora estejam relacionadas e se complementem, possuem conceitos diferentes.

A espiritualidade é relevante na atribuição de significados à vida, não é sinônimo de doutrina religiosa, pode ser considerada como uma filosofia do indivíduo e um recurso de esperança.

A religiosidade, configura-se como “um conjunto de crenças e práticas ligadas a uma doutrina compartilhadas e seguidas por um grupo de pessoas, por meio de cultos ou rituais que envolvem necessariamente a noção de fé”.

OBJETIVO:  identificar na literatura evidências acerca dos efeitos da associação entre espiritualidade, religiosidade e atividade física na saúde física e mental.

RESULTADOS: 

  • Os participantes mais espiritualizados e fisicamente ativos relataram maior qualidade de vida e os efeitos desses fatores na qualidade de vida podem ser parcialmente mediados pelas percepções de auto-eficácia.
  • Atividade física com estratégias espirituais melhora o comportamento de saúde.
  • A participação na atividade física, social e religiosa foi associada à diminuição do risco de depressão em idosos.
  • Não houve associação entre religiosidade e mudança na atividade física e na dieta.
  • A atividade física não possui relação com espiritualidade/ religiosidade, mas as práticas espirituais não convencionais (meditação, yoga, mindfulness) propiciam a prática de atividade física e lazer.

CONCLUSÃO: 

A associação entre espiritualidade, religiosidade e atividade física geram efeitos na saúde física e mental, e dependem de fatores sociais e culturais de diferentes tipos de práticas espirituais e de atividade física, porém as evidências
encontradas são insuficientes e não descrevem as estratégias empregadas, impossibilitando a incorporação dessa associação por enfermeiros e outros profissionais de saúde em sua prática clínica.

Assim, mais estudos são necessários para robustecer sua indicação na prática clínica.

Timóteo Araújo

Profissional de Educação Física, com experiência de 25 anos na área da Atividade Física, Vida Ativa e Longevidade,

Atividade Física e Longevidade

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