Caminhada e ciclismo como forma de transporte ativo e indicadores de obesidade em adolescentes latino-americanos | Publicação

A forma de transporte ativo PEDALAR mostrou associação significativa aos indicadores de obesidade, principalmente IMC e circunferência da cintura. Programas de promoção com a inserção da bicicleta para transporte ativo podem ser uma estratégia viável para enfrentar as altas taxas de obesidade

As evidências mostraram que o transporte ativo diminui as taxas de obesidade, mas considerar caminhar ou andar de bicicleta como modos separados pode fornecer informações adicionais sobre os benefícios à saúde em adolescentes. Este estudo teve como objetivo examinar as associações entre caminhada e ciclismo como forma de transporte ativo e indicadores de obesidade em adolescentes latino-americanos.

Métodos: Estudo de base populacional com 671 adolescentes (idade média: 15,9 [desvio padrão: 0,8] anos) de oito países participantes do Estudo Latino-Americano de Nutrição e Saúde/ Estudio Latino Americano Nutrition y Salud (ELANS).

Caminhar e andar de bicicleta para transporte ativo foram medidos usando a versão longa do Questionário Internacional de Atividade Física.

Índice de massa corporal, circunferência da cintura, circunferência do pescoço e massa gorda relativa foram utilizados como indicadores de obesidade.

As associações foram estimadas usando modelos de regressão logística para os dados agrupados ajustados para país, sexo, idade, níveis socioeconômicos, raça/etnia, atividade física no lazer e ingestão de energia.

Resultados

O tempo médio de caminhada e ciclismo foi de 22,6 (DP: 33,1) e 5,1 (DP: 24,1) min/dia, respectivamente.

Os valores medianos foram 12,8 (IQR: 4,2; 25,7) e 0 (IQR: 0; 6,2) para caminhada e ciclismo.

Os participantes que relataram ≥ 10 min/semana de caminhada ou ciclismo para transporte ativo foram 84,2% e 15,5%, respectivamente.

A Costa Rica (94,3% e 28,6%) apresentou a maior prevalência para caminhada e ciclismo, respectivamente, enquanto a Venezuela (68,3% e 2,4%) apresentou a menor prevalência.

Não houve associação significativa entre caminhada para transporte ativo e qualquer indicador de obesidade.

Na amostra geral, andar de bicicleta por ≥ 10 min/semana foi significativamente associado a menor probabilidade de sobrepeso/obesidade com base no IMC (OR: 0,86; IC 95%: 0,88; 0,94) e circunferência da cintura (OR: 0,90; IC 95% : 0,83; 0,97) ajustado para país, sexo, idade, nível socioeconômico, raça/etnia, atividade física no lazer e ingestão energética em comparação ao ciclismo por < 10 min/semana.

Não houve associações significativas entre ciclismo para transporte ativo e circunferência do pescoço, bem como a massa gorda relativa.

Leia o artigo na íntegra

Citação: Ferrari G, Drenowatz C, Fisberg M. et al. Walking and cycling, as active transportation, and obesity factors in adolescents from eight countries. BMC Pediatr. 2022 30;22(1):510.

Timóteo Araújo

Profissional de Educação Física, com experiência de 25 anos na área da Atividade Física, Vida Ativa e Longevidade,

Atividade Física e Longevidade

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