Embora as mesas de altura ajustável em sala de aula tenham apresentado resultados promissores, sua eficácia na redução do comportamento sedentário durante o período escolar e o impacto potencial no contexto extraescolar ainda não estão claros.
Métodos
Dezessete alunos do 6º ano completaram avaliações de comportamento sedentário (inclinômetro ActivPAL) e atividade física (acelerômetro Actigraph GT3X +) na linha de base (aulas em que os alunos permaneciam sentados) e durante semanas em que as cadeiras foram removidas da sala de aula e mesas para trabalhar em pé foram introduzidas (aulas em que os alunos permaneciam em pé).

Resultados
- As aulas em que os alunos ficam em pé reduziram o tempo sentado (-106,9 min/9h; p < 0,05) e aumentaram o tempo em pé (+104,54 min/9h; p < 0,05) durante o horário escolar, mas também ao longo de toda a semana (-107,4 min/15h sentado e +100,5 min/15h em pé; p < 0,05).
- Uma pequena, porém significativa, redução no tempo em pé foi observada durante o fim de semana (-15,4 min/14h). Não foram encontradas diferenças nos resultados relacionados à atividade física.


Conclusões
Os resultados sugerem que a introdução de mesas de pé no contexto escolar não apenas reduziu o tempo que os adolescentes passam sentados em sala de aula, como também não foi observado nenhum aumento compensatório no tempo sentado fora do ambiente escolar (ou seja, em dias de semana e fins de semana).
Por fim, a investigação destaca a importância da escolha do método para avaliar essas modificações comportamentais, visto que o inclinômetro foi capaz de detectar mudanças entre as condições, enquanto o acelerômetro não.
- Citação: Danilo R. Silva, Cláudia S Minderico, Fernando Pinto et al. Standing versus sitting classes: impact on sedentary behavior and physical activity in the school time and in the extra-school domains, 13 November 2025, PREPRINT (Version 1) available at Research Square
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