Como o treinamento de resistência com restrição do fluxo sanguíneo foi estudado em músculos não restritos em populações saudáveis, lesionadas e clínicas

Uma revisão de escopo e um mapa de lacunas de evidências

Objetivos

  • O treinamento resistido com restrição do fluxo sanguíneo (RFS) melhora o crescimento muscular em membros restritos, mas seus efeitos em músculos não restritos permanecem obscuros.
  • Esta revisão de escopo, acompanhada de um mapa de lacunas de evidências, visa mapear sistematicamente a literatura atual sobre o impacto da RFS em músculos não restritos, resumir os principais resultados e identificar tendências metodológicas para orientar pesquisas futuras.

Métodos: 

  • Buscas foram realizadas no PubMed, Scopus e Web of Science. Os estudos incluíram adultos — saudáveis ​​ou com condições musculoesqueléticas — submetidos a treinamento de resistência com BFR, com grupos comparadores passivos ou ativos em delineamentos de dois ou múltiplos braços.
  • Os dados se concentraram em adaptações fisiológicas crônicas (por exemplo, propriedades musculares) e aptidão física (por exemplo, força, potência).
  • O risco de viés foi avaliado utilizando o RoB 2 (ferramenta Cochrane Risk of Bias 2) para estudos randomizados e o ROBINS-I (Risk of Bias in Non-Randomised Studies – of Interventions) para estudos não randomizados.

Resultados: 

  1. De 1.740 registros, 19 estudos (540 participantes; 6 mulheres) atenderam aos critérios.
  2. A duração das intervenções variou de 2 a 12 semanas,
  3. com frequências de treinamento de 2 a 6 sessões por semana e
  4. pressões do manguito de 50 a 270 mm Hg.
  5. Os desfechos mais relatados foram força máxima de 1 repetição, área de secção transversal e espessura muscular.
  6. O peitoral maior e os rotadores do ombro foram os músculos mais frequentemente estudados.
  7. A maioria dos estudos implementou o treinamento de RFB de duas a três vezes por semana, durante uma média de 8 semanas.

Conclusões: 

As evidências sugerem que o treinamento BFR pode beneficiar músculos não restritos, mas a variabilidade nos protocolos de estudo, o pequeno tamanho das amostras e a padronização limitada dificultam conclusões abrangentes.

Pesquisas futuras devem empregar metodologias consistentes, coortes maiores e intervenções ampliadas para melhorar a comparabilidade e a generalização.


Citação: Trybulski RMichał WKuczmik W, et al. How blood flow restriction resistance training has been studied on non-restricted muscles in healthy, injured and clinical populations: a scoping review and evidence gap map. 

Leia o resumo na versão original nesse LINK, o artigo não está disponível.

Timóteo Araújo

Profissional de Educação Física, com experiência de 25 anos na área da Atividade Física, Vida Ativa e Longevidade. Atuando no Centro de Convivência AMI - Bem Estar.

Atividade Física e Longevidade

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