Educação física no ensino médio: resistências e transgressões na prática político-pedagógica nos institutos federais | Livro
No olho desse furacão, a Educação Física perde espaço nos currículos estaduais, impedindo que os(as) jovens ampliem a sua leitura de mundo sobre os conhecimentos produzidos pela humanidade que atravessam as práticas corporais (danças, lutas, ginásticas, esportes, prat corporais de aventura, jogos)..
O livro “Educação Física no Ensino Médio Integrado: resistências e transgressões na prática político-pedagógica nos Institutos Federais” foi escrito pelos(as) docentes que fazem parte do coletivo de professoras e professores de Educação Física dos Institutos Federais. Esse espaço democrático de discussão e produção de conhecimento foi criado após o processo de implementação do combo “anti-povo” e “anti-educação” da reforma do Ensino Médio e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Médio nas escolas da rede federal de ensino no ano de 2021.
Ao observar todos os retrocessos que essa política educacional neoconservadora acarretava para a formação das juventudes brasileiras, docentes de Educação Física que atuavam na rede federal de todo o Brasil foram convidados a compor um grupo de WhatsApp para iniciar diálogos que fomentassem propostas que poderiam transgredir essa realidade sombria que se intensificava. Logo se iniciaram as primeiras reuniões, mapeamentos, pesquisas, debates e produções de cartas pela manutenção das premissas de uma Educação Física crítica no Ensino Médio Integrado brasileiro, ainda em um período muito severo da pandemia por Covid-19.
Ao fazer a leitura dos 10 capítulos da coletânea, os leitores e as leitoras poderão dialogar com docentes de Educação Física de Institutos Federais localizados em todo o Brasil que se apoiam em teorias educacionais distintas, mas possuem em comum a organização de experiências político-pedagógicas (de pesquisa, ensino e extensão) transgressoras no que tange ao debate relacionado com as práticas da cultura corporal.
Por fim, desejamos uma boa leitura e que esses escritos possam proporcionar outras produções críticas, advindas de docentes que compreendam a educação como um ato político pela
construção coletiva de uma estrutura social equitativa, diversa e justa, valorizando a vida nas escolas e os(as) personagens do cotidiano escolar como sujeitos da história, que reconhecem a sua importância para transformar a realidade vigente.
São Paulo/Ceará
Daniel Teixeira Maldonado e Raphaell Moreira Martins
07/09/2023
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