Efeito do exercício aquático na saúde mental, autonomia funcional e danos oxidativos em idosos diabéticos | Estudo nacional
- O exercício regular tem sido associado a adaptações sistêmicas que reduzem fatores de risco clínicos (diminuição da massa gorda, aumento da massa magra, melhora da capacidade aeróbica, e regulação da dislipidemia) que estão associados à melhora do desempenho mental e muscular saúde em sujeitos patológicos.
- Treinamento físico na água é um regime alternativo de exercícios, estudos já mostraram os efeitos positivos do exercício aquático em idosos patológicos. Em indivíduos diabéticos, os exercícios aquáticos melhorou a resistência muscular dos membros inferiores e superiores.
- O exercício aquático permite uma combinação de exercícios aeróbicos e de resistência e é especialmente adequado para pacientes com idade avançada, problemas ortopédicos ou outras comorbidades que dificultam os exercícios em terra. Devido ao efeito de flutuação na água, o atividades de sustentação de peso são muito mais fáceis e o risco de queda em idosos é menor
Objetivo: Este estudo investigou o efeito do exercício aquático na saúde mental, autonomia funcional e disfunção oxidativa em idosos com DM2.
Métodos:
- Um total de 104 idosos foram incluídos no estudo clínico longitudinal e foram atribuídos ao grupo diabetes (n = 30) e ao grupo não diabético (n = 29).
- Ambos os grupos foram envolvidos no exercício aquático
- (nove exercícios; 3 séries x 1 minuto de duração cada; intensidade linear e frequência medidas duas vezes por semana) por 12 semanas.
- Cada sessão de 41 minutos consistia em três fases:
- A primeira fase era um aquecimento, com 5 minutos de exercícios de deslocamento que exigiam que os sujeitos movimentassem os braços e as pernas.
- Depois de alongar os membros, o método estático foi usado.
- Na segunda fase, denominada principal, hidroginástica específica exercícios foram realizados de acordo com as orientações da Associação de Exercícios Aquáticos.
- Metodologicamente, esta parte foi composta por
- 31 minutos e 30 segundos, contendo nove exercícios de características lineares.
- Os três primeiros exercícios foram realizados com intensidade leve (movimentos lentos), os próximos três exercícios com intensidade moderada (movimentos moderados) e os três últimos com alta intensidade (movimentos rápidos).
- Cada exercício consistia em três séries de 1 minuto, sem intervalo.
- Entre cada exercício, foram realizados 30 segundos de intervalo ativo.
- Terceira fase, chamada de relaxamento,
- consiste em caminhadas lentas por 4 minutos e 30 segundos.
- Ambos os grupos foram observados pelo mesmo instrutor, no mesmo dia da semana e período, e a metodologia dea sessão foi idêntica.
- As avaliações de saúde mental, autonomia funcional e disfunção oxidativa foram feitas.
- Todos os resultados foram avaliados no início e 12 semanas depois.
Resultados:
- Os valores dos seguintes escores variáveis diminuíram no grupo DM2 após a participação no exercício aquático:
- depressão (−56 ± 2 escores; 57%),
- ansiedade (−8,2 ± 2 escores; 41%),
- estresse (−3,1 ± 0,3 escores ; 32%) e
- sono (-3,7 ± 1. 3 pontos; 51%);
- foi observada uma melhora nos escores de
- Berg (+53,1 ± 2 pontos; 8%),
- testes de Tug (-6,1 ± 0,7 pontos; 25%),
- grupos carbonil (-0,048 ± 0,01 nnmol/mg/proteína; 49%) e
- total tiol (+0,33 ± 0,08 nnmol/mg/proteína; 83%).
Conclusão: Um programa de exercícios aquáticos de intensidade linear melhora a saúde mental, a autonomia funcional e a disfunção oxidativa em idosos com DM2.
Citação: (2022) Effect of aquatic exercise on mental health, functional autonomy, and oxidative damages in diabetes elderly individuals, International Journal of Environmental Health Research, 32:9, 2098-2111.
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