Envelhecer na América Latina e Caribe Proteção Social e Qualidade de Vida entre Pessoas Idosas | e-Book

A diminuição da capacidade funcional também leva à perda de anos saudáveis. . Em média, em países da América Latina e Caribe, 14,4% das pessoas com mais de 65 anos vivem em situação de dependência de cuidados e precisam de ajuda para realizar pelo menos uma atividade básica de vida diária.

  • As populações da América Latina e Caribe atualmente estão vivendo mais tempo e com mais saúde do que em qualquer outro momento da história, o que representa uma conquista extraordinária para a região. A expectativa média de vida ao nascer aumentou de 29 anos em 1900 para 75 anos em 2021 — um ganho notável de 46 anos. Embora a pandemia de Covid-19 possa interromper temporariamente essas tendências, as projeções sugerem que seu impacto será de curta duração e não afetará as tendências demográficas de longo prazo. Em alguns países, a pobreza entre pessoas idosas praticamente desapareceu, e as nações implementaram políticas, tais como sistemas de aposentadoria não contributiva e ampliação do acesso à saúde, com o fim de melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas.
  • A região da América Latina e Caribe é a que envelhece mais rapidamente no mundo. Enquanto na França foram necessários 67 anos para que a população com mais de 65 anos passasse de 10% para 20% da população total, a mesma transição deverá acontecer, em média, em menos da metade desse tempo (29 anos) nos países da América Latina e Caribe. A transição será ainda mais rápida em alguns países. No Chile, por exemplo, essa mudança deverá acontecer em apenas 25 anos. Até 2085, a região da América Latina e Caribe será a primeira no mundo onde uma em cada três pessoas terá mais de 65 anos. A região também disporá de menos recursos econômicos do que os países de alta renda para enfrentar esse processo de envelhecimento da população.
  • O envelhecimento da população sobrecarregará os sistemas de proteção social que sustentam a qualidade de vida das pessoas idosas e causará ônus e benefícios concomitantes de políticas. O envelhecimento da população reduz a sustentabilidade financeira dos sistemas previdenciários – o tempo para a aposentadoria aumenta, e a relação entre a base contributiva e os aposentados encolhe -, além de pressionar os sistemas de saúde, visto que o gasto per capita com saúde para pessoas idosas é mais alto. Ademais, o envelhecimento aumenta a demanda por serviços de cuidados de longa duração, uma vez que as pessoas idosas têm maior probabilidade de ter sua capacidade funcional comprometida e necessitar de ajuda para realizar atividades da vida diária. Esses desafios são ainda mais preocupantes na região da América Latina e Caribe, onde o emprego informal é generalizado, e o seguro social e os serviços públicos são escassos, fragmentados e, em alguns casos, subfinanciados.
  • Neste relatório, analisamos a qualidade de vida das pessoas idosas na América Latina e Caribe, sua relação com as políticas de proteção social, e a adaptação dessas políticas ao envelhecimento da população. Medimos a qualidade de vida das pessoas idosas como uma combinação de expectativa de vida saudável e segurança de renda. Neste relatório, definimos proteção social para pessoas idosas como uma combinação de aposentadoria (contributiva ou não contributiva), atenção à saúde e cuidados de longa duração. Essas políticas estão diretamente relacionadas com a qualidade de vida das pessoas idosas. A aposentadoria alivia a situação de pobreza entre pessoas idosas. Serviços de atenção à saúde melhoram o estado de saúde e reduzem o risco de pobreza decorrente de despesas médicas catastróficas. Cuidados prolongados melhoram o bem-estar de pessoas idosas em situação de dependência de cuidados e de seus familiares cuidadores. Esses impactos positivos da proteção social estão amplamente documentados na literatura. Avaliamos o nível de cobertura, a qualidade dos benefícios proporcionados, e a sustentabilidade fiscal e social de cada tipo de política.

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Timóteo Araújo

Profissional de Educação Física, com experiência de 25 anos na área da Atividade Física, Vida Ativa e Longevidade,

Atividade Física e Longevidade

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