Função sexual, atividade física, amplitudes médias e contração voluntária máxima dos músculos do assoalho pélvico estão relacionados à força de preensão palmar | Estudo Nacional

Mulheres adultas jovens e de meia-idade saudáveis não apresentam diferenças na funcionalidade FPM e MAP. Além disso, a FPM está relacionada com amplitudes médias, CVM, função sexual e atividade física, sugerindo que a função dos MAP pode estar relacionada à força muscular geral.

O assoalho pélvico é formado por músculos, ligamentos e fáscias que têm funções esfincterianas, sexuais, posturais e de suporte. Seu componente muscular é formado por camadas profundas e superficiais responsáveis ​​pelo controle esfincteriano. No entanto, como todos os músculos, eles estão sujeitos a alterações na funcionalidade causadas por vários fatores, como envelhecimento, gravidez, partos traumáticos e maus hábitos urinários.

A medição da força de preensão manual (FPM) por dinamometria tem sido relatada como um bom indicador da força muscular geral e pode ser usada como uma ferramenta diagnóstica auxiliar em distúrbios da MAP

Os métodos de avaliação da musculatura do assoalho pélvico são geralmente invasivos, subjetivos e tecnologicamente caros. Portanto, há a necessidade de identificar outros métodos que possam prever alterações na função desses músculos.

Este estudo teve como objetivo verificar se a força de preensão manual e a força dos MAP e a atividade bioelétrica mudam em mulheres adultas jovens e de meia-idade. Além disso, queríamos verificar se a força e a atividade bioelétrica dos MAPs estão relacionadas à força de preensão palmar. Por fim, buscamos verificar se os níveis de atividade física e a função sexual interferem nessa relação.

Nesse sentido, as hipóteses iniciais foram:

  1. existem diferenças na FPM entre mulheres adultas jovens e de meia-idade,
  2. a FPM está relacionada à força dos MAP em mulheres saudáveis, e a atividade física e a função sexual modulam essa relação.

Este foi um estudo observacional transversal envolvendo 44 mulheres saudáveis.

  • As mulheres foram divididas em dois grupos: adultos jovens (18 a 35 anos) e adultos de meia-idade (36 a 55 anos).
  • Dados sociais, antropométricos e clínicos foram coletados dos participantes, e uma avaliação funcional de seus MAP foi realizada por palpação bidigital, biofeedback eletromiográfico (sEMG) e FPM (usando um dinamômetro).
  • Os níveis de atividade física e sexual foram medidos por meio do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) e do Quociente Sexual – Versão Feminina (SQ-F).

Não houve diferenças na FPM, potência/pressão, sEMG, pontuação SQ-F ou pontuação IPAQ entre os dois grupos (p > 0,05).

Correlação moderada (r = 0,601; p = 0,019) foi observada durante a análise multivariada.

FPM está relacionada com amplitudes médias ( p = 0,123), CVM ( p = 0,043), função sexual ( p = 0,049) e atividade física ( p = 0,004).

Portanto, concluímos que não houve diferenças entre a FPM e a força dos MAP em mulheres adultas jovens e de meia-idade. Além disso, a FPM está relacionada à funcionalidade dos MAP, função sexual e atividade física.


CitaçãoDuarte NdS, et al Sexual Function, Physical Activity, Mean Amplitudes and Maximal Voluntary Contraction of Pelvic Floor Muscles Are Related to Handgrip Strength: A Cross-Sectional Study. Healthcare. 2023; 11(1):129.

Baixe e leia o artigo na íntegra: 

Timóteo Araújo

Profissional de Educação Física, com experiência de 25 anos na área da Atividade Física, Vida Ativa e Longevidade,

Atividade Física e Longevidade

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