Genética ou estilo de vida? Pesquisas recentes sobre o Alzheimer estão mudando o que se sabia sobre a doença | Portal da Globo

O que os cientistas imaginavam ser a causa, parece agora uma consequência de um processo que começa muito antes. O repórter Álvaro Pereira Júnior conversou com pessoas que convivem com o Alzheimer e com especialistas, no Brasil e no exterior.

As pesquisas mais recentes sobre o Alzheimer estão mudando tudo o que se sabia sobre a doença. O que os cientistas imaginavam ser a causa, parece agora uma consequência de um processo que começa muito antes.

Em reportagem especial do Fantástico, o repórter Álvaro Pereira Júnior conversou com especialistas e pessoas que convivem com o Alzheimer, no Brasil e no exterior

Afinal, o que é determinante para o surgimento do Alzheimer: a genética ou o nosso estilo de vida? Vale reforçar que, para prevenção da doença, as dicas são as de sempre: atividade física, alimentação saudável, controle de colesterol, entre outras.

De maneira geral, é possível dividir o Alzheimer em estágios.

Na fase inicial, surgem, normalmente, alterações de memória, de personalidade e das habilidades visuais e espaciais. A escritora inglesa Wendy, de 66 anos, por exemplo, recebeu diagnóstico depois de cair duas vezes, sem ter tropeçado em nada, quando corria na rua.

Depois das manifestações iniciais, podem aparecer, mais para a frente, dificuldades para falar, cumprir tarefas simples e coordenar movimentos, além de agitação e insônia. E é só bem mais adiante que aparecem os sintomas mais graves: deficiência motora muito séria, não conseguir engolir, não falar mais e não sair da cama.

Dentro desse contexto, a professora de Geriatria da Faculdade de Medicina da USP, Cláudia Suemoto, explica que o cenário para quem estuda Alzheimer está mudando.

Segundo a especialista, há muitos investimentos em busca da cura do Alzheimer, dada a gravidade do problema. Ela cita como fruto desses investimentos a teoria mais aceita na literatura sobre as causas da doença, liderada pelo professor John Hardy, pesquisador que trabalha em Londres.

A teoria desenvolvida pelo grupo do doutor Hardy funciona assim:

  • a grande maioria dos pacientes de Alzheimer tem o cérebro envolvido por placas de uma proteína chamada beta-amiloide;
  • essas placas vão tomando conta do espaço, e impedem a passagem dos impulsos nervosos de um neurônio para o outro;
  • Isso provoca uma espécie de curto-circuito no sistema nervoso central, porque os neurônios são as células mais importantes do cérebro.

A doutora Cláudia Suemoto, da USP, explica que a grande maioria dos novos remédios, criados para curar o Alzheimer, ataca justamente as placas. Entretanto, ou não eliminam os sintomas ou aliviam só um pouco. Três novos medicamentos, que têm efeitos discretos, já foram aprovados nos Estados Unidos.

Ou seja, o acúmulo de placas no cérebro é só um dos fatores da doença.

Outra linha promissora de estudos é sobre as células de defesa chamadas micróglias, que funcionam como aspiradores de pó para tirar a sujeira do cérebro — mas, com o avanço da idade, vão perdendo capacidade e acabam agravando inflamações.

Há ainda, entre os estudos mais recentes, as pesquisas sobre a proteína Tau. No Alzheimer, ela forma “emaranhados” dentro dos neurônios. A imensa maioria de pessoas quem têm esses emaranhados apresenta sintomas da doença.


Você pode ler e ouvir a matéria completa nesse LINK 

Timóteo Araújo

Profissional de Educação Física, com experiência de 25 anos na área da Atividade Física, Vida Ativa e Longevidade,

Atividade Física e Longevidade

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