Este Guia é destinado a orientar profissionais de Educação Física a avaliar, planejar e supervisionar programas de atividade física para pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), explorando com especial ênfase os exercícios físicos e a promoção da prática esportiva.

Trata-se de um documento construído considerando as mais recentes evidências científicas sobre o tema, além da escuta de profissionais com reconhecida experiência na área. O texto foi escrito de modo a oferecer orientações que possam ser implementadas em diferentes contextos de intervenção, nas mais diversas regiões do País, e abrange desde elementos conceituais básicos até instrumentos específicos de apoio à intervenção que poderão concorrer para a oferta de um atendimento eficiente e efetivo.

O conteúdo está subdividido em cinco partes:

1. Bases conceituais;
2. Benefícios das atividades físicas para pessoas com TEA;
3. Avaliação pré-intervenção e monitoramento de resultados;
4. Intervenções baseadas em exercícios físicos para pessoas com TEA;
5. Orientações gerais para promoção da atividade física.

• Na primeira parte, o Transtorno do Espectro do Autismo é detalhadamente caracterizado, de modo que se espera que, ao final dela, os leitores sejam capazes de descrever as características de uma pessoa com TEA e os diferentes níveis de suporte necessários. Busca-se apresentar conceitos fundamentais para entender o objeto principal de intervenção (as atividades físicas), reconhecendo os tipos que mais se aplicam ao contexto e às características das pessoas que estão sendo acompanhadas. Descreve-se, também, a importância das intervenções baseadas em exercícios físicos em face das características da população-alvo a ser atendida.
• A segunda parte é orientada para a discussão dos benefícios das atividades físicas para pessoas com TEA, considerando os efeitos sobre os sintomas centrais e sobre as principais condições concomitantes ao transtorno. O texto apresenta tópicos que permitem aos profissionais de Educação Física compreender esses benefícios e elaborar planejamentos para produzir metas coerentes com os resultados que podem ser alcançados a partir da prática de atividades físicas.
• Na terceira parte, busca-se descrever os métodos de avaliação e monitoramento, trazendo instrumentos que podem ser utilizados para diferentes f ins. Apresenta-se uma ferramenta para caracterização dos sintomas centrais, além de uma instrumentação que permite verificar os resultados observados. A proposta não é esgotar a discussão sobre instrumentação, mas trazer exemplos aplicáveis e de baixo custo que possam ser amplamente utilizados nas diferentes regiões brasileiras.
• A quarta parte do Guia é direcionada à discussão sobre as principais estratégias que podem ser adotadas para engajar pessoas com TEA em atividades físicas e, em particular, em programas de exercícios físicos. Espera-se que os/as leitores/as sejam capazes de identificar as necessidades e as possibilidades de adaptação do espaço físico e dos recursos, de modo a adotar uma abordagem metodológica adequada ao atendimento de pessoas com TEA. Por fim, na quinta parte, são apresentadas orientações gerais para promoção da atividade física, apontando o esporte como uma das estratégias de intervenção.

O conteúdo foi elaborado por uma equipe técnica, considerando o corpo de conhecimento derivado de uma revisão de escopo conduzida especificamente para apoiar a escrita deste documento. Trata-se, portanto, de um conjunto de orientações que se acredita relevantes para direcionar uma intervenção profissional efetiva e capaz de gerar resultados em relação à melhoria do comportamento adaptativo de pessoas com TEA, guiadas por evidências e/ou pela experiência de especialistas na área.

Acesse e baixe o Guia de Atividade Física para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista nesse LINK