Há ciência na detecção de talentos?

Busca de talentos envolve muito de arte e percepção aguçadas, aliadas a abordagens científicas. Estas ainda estão nas fases iniciais de desenvolvimento, mas a cada dia novas contribuições vão dando melhores alicerces para a construção de modelos teóricos que se convertam em resultados mais eficazes.

A estratégia Z: Celafiscs
Quem quiser descobrir o fora de série precisa estar muito bem treinado em reconhecer o que é normal. Por essa razão, o Celafiscs (Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul) buscou por muitos anos valores normativos de diferentes variáveis de aptidão física de nossa população, assim como sua variabilidade. A partir de diversos projetos que envolveram algumas gerações do centro, mais de 20.000 crianças e adolescentes foram avaliados. Desse banco de dados, desenvolvemos critérios padrões de referência a partir de 5.200 escolares, 2.600 de cada sexo.

A análise dos resultados das equipes esportivas se fez pela comparação de seus resultados com os valores padrões de referência em termos de valores absolutos, diferença percentual e finalmente através da determinação da posição em relação à média populacional em unidades de desvio padrão. Para isso se determinava o índice Z, da seguinte forma:

Na Figura temos o modelo de um aptidograma (modelo teórico). É possível verificar que esse atleta apresenta altos valores no consumo máximo de oxigênio (VO2 ) seguido de força muscular de membros inferiores (impulsão horizontal, IH), força de membros superiores (preensão manual, DIN). A leitura da figura também pode ser feita para a definição do perfil ideal para a uma modalidade específica, ou seja, se tivéssemos avaliado um grupo de atletas poderíamos definir em ordem de importância as variáveis mais significativas à sua prática e na seleção, sendo elas a potência aeróbica, a força muscular nos membros superiores, inferiores, estatura e força muscular de tronco.


  • Citação: Victor Keihan Rodrigues Matsudo, Timóteo Leandro de Araújo e Luís Carlos de Oliveira. Há ciência na detecção de talentos? Revista Diagnóstico & Tratamento em 2007.
  • Baixe o artigo nesse LINK 

Timóteo Araújo

Profissional de Educação Física, com experiência de 25 anos na área da Atividade Física, Vida Ativa e Longevidade,

Atividade Física e Longevidade

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