A análise representa um esforço para desenvolver uma mensagem de saúde pública baseada em evidências sobre os benefícios da atividade física. O frequentemente repetido mantra de 10.000 passos por dia surgiu de uma campanha de marketing de décadas para um pedômetro japonês, sem nenhuma ciência para respaldar o impacto na saúde.
Liderado pela epidemiologista de atividade física Amanda Paluch, da Universidade de Massachusetts Amherst, um grupo internacional de cientistas que formou o Steps for Health Collaborative descobriu que dar mais passos por dia ajuda a diminuir o risco de morte prematura. As descobertas são relatadas em um artigo publicado em 2 de março na Lancet Public Health.
Mais especificamente, para adultos com 60 anos ou mais, o risco de morte prematura se estabilizou em cerca de 6.000 a 8.000 passos por dia, o que significa que mais passos do que isso não proporcionaram nenhum benefício adicional para a longevidade. Adultos com menos de 60 anos viram o risco de morte prematura se estabilizar em cerca de 8.000 a 10.000 passos por dia.
O grupo de pesquisa combinou as evidências de 15 estudos que investigaram o efeito das etapas diárias na mortalidade por todas as causas entre adultos com 18 anos ou mais. Eles agruparam os quase 50.000 participantes em quatro grupos comparativos de acordo com a média de passos por dia. O grupo de passos mais baixos teve uma média de 3.500 passos; o segundo, 5.800; o terceiro, 7.800; e o quarto, 10.900 passos por dia.
Entre os três grupos ativos mais altos que deram mais passos por dia, houve um risco de morte 40-53% menor, em comparação com o grupo do quartil mais baixo que andou menos passos, de acordo com a meta-análise.
“A principal conclusão é que há muitas evidências sugerindo que se mover um pouco mais é benéfico, principalmente para aqueles que estão fazendo muito pouca atividade”, diz Paluch. “Mais passos por dia são melhores para sua saúde. E o benefício em termos de risco de mortalidade fica em torno de 6.000 a 8.000 para adultos mais velhos e 8.000 a 10.000 para adultos mais jovens.”
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