O Custo da inatividade física para o sistema público de saúde no Brasil | Artigo

Custando US$ 482 milhões. O percentual desse custo atribuído à inatividade física, considerando o corte mais abrangente de indivíduos com atividade física insuficiente no lazer, chegou a 17,4% dos custos estimados com DCNT, totalizando US$ 83,9 milhões em 2017.

Objetivo: Atualizar o custo estimado da inatividade física para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Métodos: Os custos das internações hospitalares foram acessados por meio de um banco de dados do Ministério da Saúde – Departamento de Informática do SUS. A inatividade física referente ao ano de 2017 foi acessada por meio do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Sete doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) foram selecionadas por meio da classificação internacional de doenças (CID-10). A fração populacional atribuível à inatividade física foi calculada com base no risco relativo relatado em estudos anteriores e na prevalência de inatividade física.

Resultados: Em 2017, as sete DCNT consideradas na análise foram responsáveis por 154.017 internações hospitalares em adultos acima de 40 anos, residentes nas capitais e no Distrito Federal, o que correspondeu a 6,5% das internações e 10,6% dos custos do SUS, estimando-se US$ 112.524.914,47. Considerando o grupo de indivíduos com atividade física insuficiente no lazer, o custo percentual atribuído à inatividade física atingiu 17,4% dos custos estimados com DCNT. Em nível nacional, as DCNT foram responsáveis por aproximadamente 740 mil internações, com custo de US$ 482 milhões, dos quais 17,4%, US$ 83 milhões foram atribuídos à inatividade física.

Conclusão: Este estudo fornece evidências para concluir que a inatividade física exerce impacto econômico no SUS devido à hospitalização por DCNT. A inatividade física é um estilo de vida modificável e evidências convincentes, incluindo a deste artigo, apoiam a promoção de uma comunidade mais ativa como um dos principais alvos das políticas públicas de saúde.


  • Citação: Prodel, E., Mrejen, M., Mira, P. A. de C., Britto, J., Vargas, M. A., & Nobrega, A. C. L.. (2023). The burden of physical inactivity for the public health care system in Brazil. Revista De Saúde Pública, 57, 37
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Timóteo Araújo

Profissional de Educação Física, com experiência de 25 anos na área da Atividade Física, Vida Ativa e Longevidade,

Atividade Física e Longevidade

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