O desafio da diversidade etária e a renovação do mercado de trabalho | Carta Resposta

Em resposta ao argumento sobre a luta contra o falso etarismo, é preciso considerar outro lado da história, não como uma refutação direta, mas como uma abordagem complementar. Escrito em resposta ao artigo.

Em resposta ao argumento sobre a luta contra o falso etarismo, é preciso considerar outro lado da história, não como uma refutação direta, mas como uma abordagem complementar. A diversidade etária no ambiente de trabalho é um tópico que precisa de atenção contínua, e a interpretação desses casos como etarismo pode ser um instrumento poderoso para fomentar o debate e promover a inclusão.

O exemplo dado sobre a prevalência de conselheiros com mais de 50 anos nos quadros administrativos é um indicador importante. Ao mesmo tempo que a experiência, a maturidade e a rede de contatos de um profissional podem ser fatores determinantes para ocupar esses cargos, não podemos ignorar que esse cenário também pode desencorajar a entrada de jovens profissionais em posições de alta hierarquia, criando uma cultura de liderança estagnada e inibindo a inovação.

No que diz respeito à questão do classismo, podemos considerar que a oportunidade de ganhar experiência e alcançar altos cargos pode ser mais limitada para aqueles que começaram em posições menos favorecidas, seja devido à educação, origem social ou outros fatores. Portanto, o acesso às oportunidades pode ser injustamente restringido, perpetuando um ciclo de exclusão dos mais jovens ou menos privilegiados.

A questão das profissões que valorizam a experiência acumulada é importante e deve ser respeitada. Porém, isso não deve ser visto como um obstáculo à inclusão de jovens talentos nessas áreas. É fundamental equilibrar a valorização da experiência com a abertura para novas perspectivas e ideias inovadoras.

Sobre o argumento de que algumas funções têm um “amadurecimento mais rápido”, é preciso cautela. Mesmo que a experiência adicional possa não trazer grandes mudanças na performance de um profissional, a retenção de trabalhadores mais experientes pode ser benéfica para a cultura organizacional, o compartilhamento de conhecimento e a continuidade do negócio.

Por fim, quanto à digitalização e à percepção de que os trabalhadores mais velhos podem ser menos adaptáveis às mudanças tecnológicas, é importante ressaltar que a idade não é um impedimento para aprender e se adaptar. Com treinamento e apoio adequados, trabalhadores de todas as idades podem contribuir para um ambiente de trabalho digitalizado.

O combate ao etarismo é um passo vital na direção da diversidade etária e não deve ser subestimado ou rotulado como “falso”. Em vez disso, devemos continuar a lutar por um ambiente de trabalho que valoriza todas as contribuições, independentemente da idade do trabalhador.


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Baixe aqui nesse LINK a revista que deu original a Carta Resposta.

Timóteo Araújo

Profissional de Educação Física, com experiência de 25 anos na área da Atividade Física, Vida Ativa e Longevidade,

Atividade Física e Longevidade

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