Os 10 países onde as pessoas vivem mais e o que eles podem nos ensinar

Algumas pesquisas sugerem que a genética é responsável por cerca de 25% da longevidade, enquanto o restante está relacionado a fatores como onde a pessoa mora, o que come, com que frequência se exercita e sua rede de apoio por meio de amigos ou familiares.

Lucile Randon era a pessoa mais velha do mundo (de quem se tinha um registro claro) quando morreu em janeiro aos 118 anos.

Conhecida como Irmã André, a freira francesa testemunhou duas guerras mundiais, a chegada da humanidade à Lua e a era digital.

O caso dela continua sendo uma exceção, dado que a expectativa média de vida no mundo é de 73,4 anos.

No entanto, a cada dia que passa as pessoas estão vivendo mais, e a longevidade média deve ultrapassar 77 anos até meados deste século, segundo projeções da Organização das Nações Unidas (ONU).

O mundo já tem mais gente acima dos 65 anos do que pessoas abaixo dos cinco anos, embora a situação varie muito de um país para outro.

Enquanto em Mônaco a expectativa de vida é de 87 anos, na República do Chade, na África Central, é de apenas 53.

Depois de Mônaco, aparecem no ranking de expectativa de vida as regiões administrativas especiais chinesas de Hong Kong e Macau, enquanto o quarto lugar é ocupado pelo Japão, que é o país mais longevo entre as potências mundiais.

A lista é seguida por Liechtenstein, Suíça, Cingapura, Itália, Coreia do Sul e Espanha, de acordo com o relatório Perspectivas da População Mundial da ONU.

Com exceção dos períodos de pandemias e as guerras mundiais, a expectativa de vida aumentou de forma constante a nível global nos últimos 200 anos, a partir do desenvolvimento de vacinas e antibióticos, remédios, saneamento, alimentação e condições de vida melhores.

As chamadas “zonas azuis” são populações muito pequenas em que as pessoas vivem muito mais do que o resto.

Há algumas décadas, o demógrafo Michel Poulain e o gerontólogo Gianni Pes se dedicaram a pesquisar em que lugares do mundo os mais idosos viviam.

Eles traçaram círculos em um mapa com uma caneta marca-texto azul nos vilarejos ou cidades em que as pessoas chegavam aos 100 anos de idade.

Foi assim que perceberam que uma das partes do mapa tingidas de azul era a região de Barbagia, na ilha italiana da Sardenha, e acabaram chamando-a de “zona azul”.

Desde então, a nomenclatura tem sido associada a locais em que os habitantes desfrutam de uma longevidade extraordinária em boas condições de vida.

Como resultado, eles descobriram que, além da Sardenha, havia outras quatro zonas azuis: a ilha de Okinawa, no Japão; a península de Nicoya, na Costa Rica; a ilha de Icaria, na Grécia; e a comunidade adventista de Loma Linda, na Califórnia.

Não há dúvida de que uma genética privilegiada é essencial para viver mais, preservando a maior parte das faculdades físicas e mentais.

Mas o grupo de cientistas (formado por médicos, antropólogos, demógrafos, nutricionistas e epidemiologistas) se perguntava que outros aspectos estariam influenciando as zonas azuis. E eles viajaram para diferentes partes do mundo.

Alguns anos depois, em 2008, Buettner publicou o livro As Zonas Azuis, e a partir desse momento se dedicou a desenvolver esse conceito.

No entanto, nem todos estão de acordo com as considerações do autor, pois entendem que muitas de suas afirmações são baseadas em observações, e não em estudos científicos de longo alcance.


Leia a matéria na íntegra no Portal da BBC Brasil.

Timóteo Araújo

Profissional de Educação Física, com experiência de 25 anos na área da Atividade Física, Vida Ativa e Longevidade,

Atividade Física e Longevidade

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