Por que contratar profissionais da terceira idade pode ser um bom negócio?
A população brasileira envelheceu e com isso novos impactos serão sentidos no mercado de trabalho. Desde abril de 2021, o número de trabalhadores com 70 anos ou mais cresceu mais de 20% no Brasil. Neste cenário, um novo desafio surge no mercado de trabalho brasileiro: empresas tendem a criar mais oportunidades para profissionais da terceira idade.
“A participação da população idosa no total da população brasileira era de 11,3% em 2012 e chegou em 2022 a 15,1%, segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua)”, afirma Jefferson Mariano, analista socioeconômico do IBGE.
Não seria um problema ter profissionais mais velhos no mercado, se a população idosa permanecesse na força de trabalho, afirma o analista. Porém, dados do IBGE mostram que 38% do total de pessoas fora da força de trabalho (pessoas que não trabalham e não procuram emprego) era composta por pessoas idosas – por outro lado, pessoas entre 18 e 24 anos representavam 10,6%.
“Com a população envelhecendo, as empresas e organizações deverão estimular condições de permanência de profissionais mais experientes no mercado.”
Quais setores mais demandam profissionais com mais experiência?
Entre as áreas que mais mantém profissionais acima de 60 anos, Mariano afirma que estão os setores que ainda necessitam de profissionais com mais experiência:
“Selecionando no cadastro geral de empregados e desempregados, apenas trabalhadores com mais de 60 anos, é possível observar uma grande presença de profissionais ligados ao segmento de construção civil, agropecuária, medicina e serviços.”
A administração pública, especialmente em razão do ingresso ocorrer por meio de concurso público, também apresenta grande relevância no processo de contratação de pessoas com mais de 60 anos, diz Mariano.
Quais ações já existem no mercado de trabalho para profissionais da terceira idade?
Profissionais mais velhos agora tendem a prolongar a vida profissional, mas precisam se atualizar com as dinâmicas cada vez mais tecnológicas desta nova geração.
Além da tecnologia, esses profissionais ainda enfrentam o etarismo em muitas companhias. Uma pesquisa da empresa Ernst & Young e da agência Maturi, realizada com 200 empresas brasileiras, revelou que 78% das corporações consideram-se etaristas e ainda têm barreiras na hora de contratar trabalhadores com mais de 50 anos.
Mas algumas empresas já estão olhando os profissionais com outros olhos, valorizando a experiência que essas pessoas conquistaram com o tempo para trazer novas ideias para os seus negócios.
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Timóteo Araújo
Profissional de Educação Física, com experiência de 25 anos na área da Atividade Física, Vida Ativa e Longevidade,