Alguns processos biológicos intimamente relacionados — às vezes chamados de “sinais do envelhecimento”, incluindo o suprimento de células-tronco e a comunicação entre as células — agem para nos manter saudáveis nos primeiros anos das nossas vidas. Os problemas surgem quando eles começam a falhar.
Para avaliar essas questões e como abordá-las, a Federação Norte-Americana para a Pesquisa do Envelhecimento — uma organização beneficente — promoveu recentemente uma série de reuniões com médicos e cientistas de ponta. Esses especialistas concordaram que o grande desafio atual é compreender o que há de especial com a biologia das pessoas que sobrevivem por mais de um século.
Essas pessoas centenárias correspondem a menos de 0,02% da população do Reino Unido, mas elas excedem a expectativa de vida dos seus pares em quase 50 anos (os bebês que nasceram na década de 1920 tipicamente tinham expectativa de vida de menos de 55 anos). Como eles conseguem isso?
Sabemos que os centenários vivem muito porque são incomumente saudáveis. Eles permanecem com boa saúde por cerca de 30 anos a mais que a maioria das pessoas e, quando eles finalmente ficam doentes, é por tempo muito curto.
Essa “redução da morbidade” claramente é boa para eles, mas também beneficia a sociedade como um todo. Nos Estados Unidos, os custos de assistência médica para um cidadão centenário nos seus dois últimos anos de vida somam cerca de um terço do custo para pessoas que morrem na casa dos 70 anos — uma época em que a maioria dos centenários não precisa nem mesmo consultar o médico.
Os filhos dos centenários, em média, também são muito mais saudáveis que a média, o que indica que eles estão herdando algo benéfico dos seus pais. Mas essa herança é genética ou ambiental?
Richard Faragher e Nir Barzilai & The Conversation – 3 dezembro 2021
Visite o link da BBC Brasil para ler a matéria completa