Potência Aeróbica e força muscular em mulheres transgênero em terapia hormonal de afirmação de gênero de longa duração: um estudo transversal | Dados nacionais

Esses são os primeiros dados científicos sobre as variáveis aeróbicas de mulheres transgênero. A média de VO2 pico de mulheres transgêneros não atletas durante a realização de esforço físico foi maior que a de mulheres cisgênero não atletas (p<0,05) e menor que a de homens cisgêneros (p<0,0001)

Diferenças sexuais determinadas por esteroides sexuais durante a puberdade e mantidas ao longo da vida reprodutiva promovem desempenho físico diferenciado entre machos e fêmeas.

A testosterona no sexo masculino induz alterações na massa muscular, força, variáveis ​​antropométricas e níveis de hemoglobina.

Os autores hipotetizaram que mulheres transgênero (TW) que tiveram exposição prévia a andrógenos e estão em terapia hormonal de afirmação de gênero (GAHT) de longo prazo têm capacidade cardiopulmonar (CPC) e força muscular diferentes de mulheres cisgêneros (CW) e homens cisgêneros (CM).

Para mulheres transgênero (TW) em terapia com estrogênios, os efeitos da exposição prévia à testosterona durante a puberdade sobre o desempenho, principalmente a capacidade cardiopulmonar (CPC), durante o esforço físico são desconhecidos. O objetivo foi avaliar a CPC e a força muscular em TW submetidos à terapia hormonal de afirmação de gênero de longa duração.

Métodos Foi realizado um estudo transversal com 15 TT (34,2±5,2 anos), 13 homens cisgêneros (CM) e 14 mulheres cisgêneros (CW). O TW recebeu hormonioterapia por 14,4±3,5 anos. A bioimpedância, o teste de preensão manual e o teste de exercício cardiopulmonar em esteira com esforço incremental foram realizados.

Resultados O VO2pico médio (L/min) foi de 2606±416,9 em TW, 2167±408,8 em CW e 3358±436,3 em CM (TW vs CW, p<0,05; TW vs CM, p<0,0001; CW vs CM, p< 0,0001). O pulso de O2 em TW estava entre aquele em CW e CM (TW vs CW, p<0,05, TW vs CM, p<0,0001). Houve alta correlação entre VO2pico e massa livre de gordura/estatura entre os TW (r=0,7388; p<0,01), o que não foi observado nos demais grupos. A força média (kg) foi de 35,3±5,4 em TW, 29,7±3,6 em CW e 48,4±6,7 em CM (TW vs CW, p<0,05; TW vs CM, p<0,0001).

 

Na figura é possível observar a análise comparativa dos principais determinantes do desempenho físico em mulheres transgêneros, mulheres cisgêneros e homens cisgêneros. da esquerda para a direita, pico de VO 2 (A), força (B), massa muscular esquelética (C) e pico de pulso de O 2 (D). A parte inferior de cada gráfico mostra as diferenças percentuais entre os grupos. VO 2 , consumo de oxigênio. *p<0,05, **p<0,01, ****p<0,0001.

Conclusão: CPC em TW não atleta apresentou padrão intermediário entre CW e CM. A força média e o VO2 pico no TW não atleta durante a realização de esforço físico foram maiores do que os do CW não atleta e menores do que os do CM.

Citação: Alvares LAMSantos MRSouza FR, et al. Cardiopulmonary capacity and muscle strength in transgender women on long-term gender-affirming hormone therapy: a cross-sectional study

Baixe o artigo e leia na íntegra

Timóteo Araújo

Profissional de Educação Física, com experiência de 25 anos na área da Atividade Física, Vida Ativa e Longevidade,

Atividade Física e Longevidade

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