Valor econômico e de saúde da eliminação das disparidades socioeconômicas na atividade física dos jovens nos EUA

Testar o efeito estimado da eliminação da disparidade do nível SES, nos níveis de AF dos jovens e descobriu que isso evitaria 383.000 casos de excesso de peso e obesidade e 101.000 casos de doenças relacionadas ao peso (eventos de derrame/doença cardíaca coronária, diabetes tipo 2 ou câncer).

Há disparidades consideráveis ​​de status socioeconômico (SES) nos níveis de atividade física (AF) dos jovens nos EUA. Por exemplo, em escolas de baixo SES, apenas 24,6% dos alunos do oitavo ano praticam esportes.

Outro estudo relata que a participação esportiva escolar se correlaciona negativamente com o SES e foi menor entre os jovens de baixo SES. Este estudo também descobriu que os alunos de baixo SES eram menos propensos a ter requisitos de educação física escolar e que o menor SES estava associado a uma menor participação na educação física.

Pesquisas sobre alunos de Wisconsin descobriram que aqueles em escolas de baixa renda eram menos ativos do que aqueles em escolas de alta renda (68,2 vs 73,3 minutos) e pontuaram mais baixo em testes de aptidão.

Objetivo: Determinar os potenciais efeitos econômicos e de saúde pública da eliminação das disparidades nos níveis de AF entre os grupos socioeconômicos de jovens dos EUA.

Projeto: Um modelo baseado em agentes representando todas as crianças de 6 a 17 anos nos EUA foi usado para simular os efeitos epidemiológicos, clínicos e econômicos das disparidades nos níveis de AF entre diferentes grupos de SES e o efeito da redução dessas disparidades.

Medidas: Medidas antropométricas (por exemplo, índice de massa corporal) e a presença e gravidade dos fatores de risco associados ao peso (acidente vascular cerebral, doença cardíaca coronária, diabetes tipo 2 ou câncer), bem como economia de custos direta e indireta.

 

Resultados:

  • Este modelo, representando todos os 50 milhões de crianças e adolescentes dos EUA de 6 a 17 anos, descobriu que se os EUA eliminassem a disparidade nos níveis de AF dos jovens entre os grupos de SES, a prevalência absoluta de sobrepeso e obesidade diminuiria em 0,826% (IC de 95%, 0,821%-0,832%), resultando em aproximadamente 383.000 (IC de 95%, 368.000-399.000) casos a menos de sobrepeso e obesidade e 101.000 (IC de 95%, 98.000-105.000) casos a menos de doenças relacionadas ao peso (eventos de derrame e doença cardíaca coronária, diabetes tipo 2 ou câncer).
  • Isso resultaria em mais de US$ 15,60 (IC de 95%, US$ 15,01-US$ 16,10) bilhões em economia de custos ao longo da vida da coorte de jovens.
  • Há benefícios significativos mesmo quando se reduz a disparidade em apenas 25%, o que resultaria em US$ 1,85 (IC de 95%, US$ 1,70-US$ 2,00) bilhão em custos médicos diretos evitados e US$ 2,48 (IC de 95%, US$ 2,04-US$ 2,92) bilhões em perdas de produtividade evitadas.
  • Para cada 1% na redução da disparidade, as perdas totais de produtividade diminuiriam em cerca de US$ 83,8 milhões, e os custos médicos diretos totais diminuiriam em cerca de US$ 68,7 milhões.

Este é o primeiro estudo desse tipo a quantificar os benefícios econômicos e de saúde que podem ser alcançados pela eliminação das disparidades de AF entre jovens em diferentes grupos de SES. Embora estudos anteriores tenham quantificado as consequências da AF insuficiente e sua associação com o aumento de problemas e custos relacionados à saúde, bem como examinado intervenções específicas de AF e descoberto que elas frequentemente resultam em ganhos desiguais entre grupos de SES, eles ainda não tentaram quantificar os potenciais benefícios de longo prazo de programas que visam essas disparidades. O presente estudo é fundamental para entender a escala dos potenciais benefícios de programas que abordam essas desigualdades e orientar a priorização de esforços para reduzir as disparidades de SES na AF dos jovens.

Conclusões e relevância

  • Este estudo quantificou a economia potencial resultante da eliminação ou redução das disparidades de AF, o que pode ajudar formuladores de políticas, sistemas de saúde, escolas, financiadores, organizações esportivas e outras empresas a priorizar melhor os investimentos para lidar com essas disparidades.

  • Citação: Powell-Wiley TMMartinez MFHeneghan J, et al. Health and Economic Value of Eliminating Socioeconomic Disparities in US Youth Physical Activity. JAMA Health Forum. 2024;5(3):e240088.
  • Baixe o artigo na versão original nesse LINK

Timóteo Araújo

Profissional de Educação Física, com experiência de 25 anos na área da Atividade Física, Vida Ativa e Longevidade,

Atividade Física e Longevidade

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